If You Have Something to Say, Raise Your Hand and Place it Over Your Mouth.


Nothing Nice to Say

quarta-feira, abril 27, 2005

Anda cá pra fora,
Sai com a respiração,
Anda cá macaco ,
Ou meto aí a mão...

Eu tenho um macaco no nariz!
Eu tenho um macaco no nariz!(um tom acima)
Eu tenho um macaco no nariz!(outro tom acima)
Eu tenho um macaco no nariz!(dois tons abaixo)

Vou fazer uma bolinha,
Uma redondinha verde,
Daquelas pequeninas,
Que não matam a sede...

Eu tenho um macaco no nariz!
Eu tenho um macaco no nariz!(um tom acima)
Eu tenho um macaco no nariz!(outro tom acima)
Eu tenho um macaco no nariz!(dois tons abaixo)

quarta-feira, março 23, 2005

Está na moda ser qualquer coisa. Tenho que ser qualquer coisa. Quem não é qualquer coisa, não é ninguém. Quero ser alguém. Contudo gostava de não a deixar a originalidade no alpendre. Não posso ser um primeiro ministro borboleta, uma vez que este lugar foi tomado de assalto, por uma coisa chamada Sócrates. Não posso ser presidente da Câmara de Lisboa e prescindir de casa própria, Santana Lopes antecipou-se pobremente. Não posso ser trabalhador da Bombardier, acho que não estão a contratar. Posso ser viciado em medicamentos de venda livre (vendidos em supermercados), acho que ainda ninguém é isto. Não posso ser copkiller, está demasiado na moda. Não posso ser pedófilo, pela mesma razão que não posso ser adepto do Futebol Clube do PorCo. Ambos têm demasiados adeptos. Não posso bulir nas obras nem arranjar um emprego camarário, é demasiado banal. Não posso ficar sem fazer nada, isso era fazer concorrência directa aos deputados. Posso ser traficante de canetas de tinta do tibete, com cheiro a rosas holandesas. Não posso ser gay, é um lobby restrito à política, comunicação social e a estilistas. Posso tentar ser um comunista neo-liberal de direita, com jeito para jogar à sueca. Não posso ser filho puta nem padre, apesar de haver mais filhos da puta do que padres. Também não posso ser teu pai, por razões que me transcendem. Posso ser um militar com cabelo comprido, um GNR sem bigode, ou um marinheiro heterosexual. Posso ser um bêbado desapreciador de vinho das mais requintadas castas. Não posso ser viniviticultor nem pulverizador profissional de sulfatos, quando muito poderia ser sulfatador de bufas na cozinha do teu restaurante preferido. Posso ser responsável por qualquer coisa que não envolva responsabilidade. Não tenho dúvida alguma, que seria o homem para o cargo. Posso ser um médico que cure os seus clientes e lhes deseje saúde. Não posso vender a revista Cais, além de já serem muitos eu tenho a dentição completa e não tenho pintinhas nos braços. Não posso ser um doente terminal sem tomates para desligar a maquinaria de suporte à "vida", já há bastantes. Posso ser um sem-abrigo ecologista, metendo a casa inteira nos pontos verdes, passando então a dormir ao relento. Não posso ter um emprego dos de 2euros/hora, não saberia o que fazer a tanto dinheiro. Posso ser um mecânico sem fato de macaco nem ferramentas, que apenas muda pneus de BMW's X5 a senhoras e senhores ditos ricos. Posso ser ninguém, deitando fora a minha identidade e tentar dissimular-me num qualquer sítio do Iraque ainda não destruído. Enfim, posso ser aquilo que eu quiser, sendo aquilo que eu quiser, algo que ainda ninguém tenha tentado ser. Acho que devias começar a preocupar-te também em ser alguém.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Eu bem que tento, mas não aguento mais tempo sem escrever. Aproveito para fazer um breve resumo por tópicos de destaque do findado ano de 2004:

1- as pessoas continuam parvas
2- foi mais um ano de merda
3- o Carlos Cruz é pedófilo

Não me lembro de mais nada de relevante. Prevejo que 2005 não seja melhor, senão vejamos a minha projecção: ainda só vamos com 20 dias já encontraram uma criança sobrevivente do tsunami, que envergava patrioticamente a camisola da selecção nacional. O pequeno indonésio vai ser apoiado pelos fabricantes de móveis de Paços de Ferreira, e vai receber mobília para toda a casa. Scolari já disse que ia apoiar o pequeno Martumis, ainda não percebi se vai jogar a extremo esquerdo ou a ponta de lança. Figo também já anunciou que vai contribuir para a causa, e já fez seguir viagem o kit Continente (aquele de 1Euro, da bandeira) para Aceh. A Federação Portuguesa de Futebol anunciou num comunicado de imprensa que ia processar judicialmente Martumis, pois a camisola que envergava não é um produto oficial licenciado. Martumis incorre numa pena de prisão de 2 a 3 anos. Martumis , em sua defesa, alegará em tribunal que foi molestado por Carlos Cruz enquanto este último passou férias na sua cidade natal, e que este é que lhe ofereceu a camisola madein china. Pinto da Costa será arguido no processo Casa Pia, visto que recitou poesia molestadora (António Nobre - A vida) no Herman Sic, e chorou baba e ranho. Deixou meio país a chorar a rir e a pensar no que uma pessoa faz para não ir para a prisão. Foi apresentado o novo Airbus A380. Tem capacidade para 853 passageiros. Agora já posso acrescentar mais umas quantas centenas de individualidades à minha lista de passageiros que desejo ver morrer queimados num desastre de avião. A meio de 2005 serão reveladas mais imagens inéditas do tsunami de 2004. O Papa recebeu no Vaticano a equipa da Ferrari. Em homenagem ao Santo Padre, foi-lhe oferecido o F1 de 2004, mas modificado com um kit anti-tremolo, para evitar guinadelas repentinas de condutores com parkinson. 2006 começará com a habitual mensagem de paz, mas ao dirigir-se aos fiés, devido a um erro mecânico, o kit anti-tremolo avaria-se e João Paulo sofre um grave acidente na praça de São Pedro, ao volante do F1.

quinta-feira, novembro 11, 2004

Quem morreu primeiro Christopher Reeve ou Yasser Arafat? Este é um daqueles grandes mistérios que iriam ficar para a história, não fossem as priveligiadas informações deste blog desfazerem todas as dúvidas. Segundo fontes secretas Arafat morreu em 1973, durante a sua primeira visita oficial a Portugal. Foi durante uma conferência de imprensa, onde o jovem aspirante a jornalista Miguel Sousa Tavares, colocou a idiota pergunta: "Se o senhor [Arafat] é judeu, porque é que usa um lenço em vez do kipá?". Arafat ficou pálido e em seguinda caiu no chão à semelhança de Fidel Castro há dias. Foi prontamente foi socorrido por estrunfes, no Hospital de Santa Maria, mas em vão. O seu coração tinha mesmo parado de bater. "Não é possível!" exclamaram os estrunfes ao verem que, apesar de o coração estar completamente parado, Arafat conseguia mexer-se e gaguejar. Durante décadas a Mossad investigou o facto, mas sem conseguir chegar a qualquer conclusão plausível. A semana passada tínha-lhe morrido o rim que faltava, e entrou em coma num hospital em Paris, onde estava a ser tratado por gnomos da floresta. Ontem o mais terrível aconteceu e o seu último orgão vivo,o fígado, deixou de dar sinais de vida. Portanto Arafat morreu primeiro que Reeve, apesar de Reeve ter morrido antes de cair do cavalo, mas isso serão revelações para uma outra posta escaldante.

sexta-feira, novembro 05, 2004

EXCLUSIVO! A primeira entrevista de George Bush Júnior, após o térmito do sufrágio américo-universal. Contém apenas informações off-record, o resto não se aproveitava nem uma linha, visto que era a treta do costume.

NNTS: George, antes demais queria agradecer-te por me concederes esta nobel entrevista.
GBJ: John, não sejas parvo, sabes que andámos juntos na escola. Além disso tens informações priveligiadas sobre a minha infância, que eu jamais gostaria de ver reveladas.

NNTS: Bem, mas espero que saibas que nunca revelarei que mexias na pila dos outros miúdos no duche a fingir que tinhas duas pistolas.
GBJ: Agradeço-te por tal, mas não te livras de estar nos files da CIA. Até a minha filha lá pus.

NNTS: Eu sempre achei que um presidente como tu devia até desconfiar de si mesmo.
GBJ: E desconfio. Se soubesses como tomo as decisões...

NNTS: Como assim?
GBJ: Epá eu não devia tar a contar isto, mas sabes como é que decidimos invadir o Iraque? Tu sabes que eu só totalmente fanado por GI-Joe's , houve um dia que o Colin Powell me levou um pelotão, para eu brincar com ele, tás a ver enquanto discutimos o futuro do exército.

NNTS: Já tou a ver, fizeste o mesmo que fizeste ao afia do Arafat na primária?
GBJ: Não por amor de Deus. Eu mesmo que quisesse não conseguia meter o GI-Joe no rabo. Nada disso. Depois de partirmos a bonecada toda fomos jogar Risco, e o país que me faltava conquistar era o Iraque. Não gostei e mandei destruir esse país sul-americano.

NNTS: Mas o Iraque não fica na América do Sul!?!
GBJ: Não? Sim...Pois...Claro... Fica mais a norte do centro, onde há petróleo pronto.

Toca o meu telefone, tinha acabado de receber um MMS do Arafat morto numa cama de hospital com uma criança de cada lado, respectivamente, Joana e Rui Pedro, as duas mini-indivualidades mais procuradas de Portugal.

NNTS: Oh George, olha-me esta, sabias que o Arafat é pedófilo?
GBJ: Eu já desconfiava. Há uns anos quando fui à palestina, entrei-lhe pelo quarto adentro e ele estava a estender um maço de notas a um tipo de casaco vermelho. Eu desconfiei logo. Sabes que eu sou um tipo esperto. Topei logo quando o vi a tremer bastante. E olha que também desconfio do Michael J.Fox e do Papa...

NNTS: Mas isso é por causa do Parkinson.
GBJ: Quem é esse? O peter parkinson do spider-man?

NNTS: Adiante, explica-me como é que conseguiste que tanta gente votasse em ti.
GBJ: Foi fácil. Sabes que a América é um país grande. Tem tudo em grande, até a estupidez. Eu admiro o Americano típico, o gajo que vê TV o dia todo, só conhece o trajecto sofá-frigorífico. O meu cousin trabalha na FOX, e é fácil manipular os americanos. Se me apetecer inicio uma guerra civil e eles alinham. Tou a pensar dizer-lhes para se atiraram para um poço no Iraque. HAHAHA adoro esta piada.

NNTS: É isso que te faz o homem mais poderoso do mundo?
GBJ: Não nada disso. Eu sinto-me poderoso quando consigo ver a MTV mais do que 2 segundos, quando largo o castanho na mesma sanita que o Lincoln usou, ou quando ponho heinz na comida.

NNTS: Afinal de contas o Kerry ainda te fez passar umas noites em branco, como o Saddam diga-se.
GBJ: Eu estava com mais medo do Kerry do que do Saddam. O meu pai fez anos e ofereci-lhe o Saddam de prenda, ele que faça o que quiser. O Kerry coitado, não tem estofo. Provavelmente na primeira semana na whitehouse teria comportamentos clintonescos.

NNTS: Como te sentes agora que foste re-eleito?
GBJ: Sinto-me na mesma. Eu sou sempre eu. Menos quando digo aquelas palermices, you know, os meus discursos são feitos a copy/paste de quotes na internet, às vezes são bácoras. O povo americano é que se sente feliz. São uns filhos da puta duns ignorantes, sabes bem que eu quero que eles se fodam. Eles e os europeus.

NNTS: Mas nunca deixas transparecer esse ódio, és um presidente sempre correcto.
GBJ: Exacto. Sabes bem que eu sei tudo. Sou a pessoa mais inteligente do mundo, apesar de não conseguir aprender a tocar o saxofone. Se tu achares que o que eu decidir está sempre correcto, então eu estou sempre correcto, you see?

NNTS: Isso é fantástico, nunca tinha visto a coisa nesse prisma. Então tu lá no fundo és um liberal?
GBJ: Puta que pariu, com os conservadores. Eu fumo ganzas desde os 8 anos. Não te esqueças que o meu pai também foi president, e o ambiente lá de casa foi sempre de névoa. Aprendi a fazer manobras desde muito cedo, com o meu pai. Devo-lhe a ele a arte de ganhar eleições. A ele e ao
governador da Flórida, que é pior que o Fidel. Mas na Flórida é socialismo a sério, tão a sério que nem se sabe nada sobre o regime.


NNTS: Estou espantado com tamanho facto.
GBJ: É aquilo a que a gente chama areia prós olhos, you see. A grande democracia americana não é mais do que um regime comunista. Se olhares pa Cuba como uma árvore de natal, então os states são uma árvore de natal bastante enfeitada. Quem manda sou eu. E só resta obdecer to me you see.

NNTS: Sure, afinal de contas és o todo poderoso por mais quatro anos. Aquando foste eleito pela primeira vez, passaste um ano de férias no rancho, que estás a pensar fazer nestes próximos quatro anos de férias?
GBJ: Sabes que o meu passatempo favorito é ligar para casa do Al-Gore e pedir para falar com o Presidente. Agora vai passar a ser para o Kerry. Não sei que mais hei-de fazer. Talvez mande invadir mais uns países. O que é bom pois mantêm-se todas as agências e ministérios activos. Não quero ninguém sem fazer nada. Não tolero que um empregado meu, do meu país se recuse a trabalhar para mim.

NNTS: Concordo plenamente. Podemos começar a entrevista?
GBJ: Com certeza. John, todos os factos que te revelei são off-record, não me fodas. Olha bem para o que mandei fazer ao Arafat. Não te esqueças...

Tradução efectuada pelo monge copista que dactilografa o blog. Algum erro de tradução é favor enviar pergaminho registado via correios do tibete.

domingo, outubro 24, 2004

Na minha família respira-se poupança pelos poros. Descendo de linhagens tão poupadas, tão poupadas, que até as folhas da árvore geneológica usaram. Ainda temos a casa e a mobília de 4 gerações, que está no centro de tudo para não termos de ir muito longe. Os meus pais já me disseram que pouparam nos métodos contraceptivos. Nunca me tiraram uma fotografia, porque dizem que sou muito parecido com o meu bisâvo. Temos uma foto dele, e realmente quando eu visto aquela roupa fico igualzinho. A minha avó poupou tanto durante a vida, que não têm recordações. Tive uma irmã que morreu. Não compensava gastar dinheiro no médico, para recuperar a moeda que ela tinha engulido. O meu pai está quase a terminar um armário feito de fósforos queimados. Desde pequeno que faço recolhas semanais de cera dos ouvidos, para fazer velas. A minha mãe está muito orgulhosa de mim. Olha-me sempre por cima dos óculos. O meu tio Ana (sim, até o nome lhe pouparam), apesar de rico, limpa o rabo com os dois lados do papel higiénico. É pecado mortal desperdiçar um cêntimo que seja. Fazemos sempre a escolha inteligente. Na escola gozavam comigo por levar as folhas de jornal, onde passava as aulas, e as canetas da publicidade, dentro de um saco de plástico. Eu acho é que tinham inveja das minhas botas, que o meu pai usou na tropa. Pretendo ser rico a curto prazo. Estou a poupar dinheiro desde muito pequenino. A minha tia Albertina ofereceu-me um mealheiro pequenino, que na altura tinha tão poucas moedas que nem notas. Bem, é melhor ficar por aqui. Assim poupo tempo a dobrar. O meu e o teu.

domingo, outubro 10, 2004

Cheiras mal da boca. Mau hálito? Eu não suporto maus hálitos nem maus hábitos. Tento preocupar-me com o meu, uma escovadela de dentes não faz mal a ninguém, e um dente saudável é menos uma nota que se oferece ao dentista. Mas é claro, também existem alturas em que convém ter um cheiro a merda a sair pela boca fora, estou precisamente a lembrar-me da prestação de provas orais no ensino universitário, daquela conversa sobre o tempo, nas escadas, com os vizinhos, e das viagens nos transportes públicos. Para arranjar lugar sentado facilmente, basta falar em modo alto-bafo (género alta-voz do bafo). Experimentem, se não funcionar soltem uns traques valentes, e garanto-vos que se vão sentir mais confortáveis no comboio do que no sofá lá de casa. Neste mundo só há uma pessoa a quem tolero bafos. E é à sorte. Entenda-se sorte como sorte monetária, se não ganhaste dinheiro não lhe chames sorte, chama-lhe acaso. Sorte é dinheiro no bolso, ponto final. Sinto que em breve serei bafejado pela sorte. Epá pode ser um bafo bom, um bafo de 20 euros caído no chão, um bafo de 200 euros no "Quem Quer Ganha", um bafo montra final no "Preço Certo em Euros", ou uma alta bafada de 10 milhões de euros no "Euromilhões". Isto tudo porque tive hà dias um sonho brutal, em que ia à mercearia e pedia ao merceeiro "Olhe ponha dois quilos dessas batatas mais baratas." e tinha o meu próprio avião estacionado mesmo ali à porta. E o cabrão do meu vizinho do lado ficou roído de inveja, porque depois de vir da minha ilha, enquanto ele regava o jardim eu metia o avião na garagem. Nesse sonho eu continuava gordo e tinha um ar aparvalhado. "A criar excêntricos todas as semanas" acho que é mais "A criar parvos todas as semanas". É que esta semana muitos (mesmo muitos) jogaram e ninguém ganhou o prémio máximo, aposto que quem jogou está certamente mais parvo. Já agora só a título de curiosidade:

PRÉMIOS: % das Receitas 50% (isento de impostos) @ http://www.djogos.scml.pt/euromilhoes/util/como_jogar.html

Com 5 milhões de euros tás mas é a andar de mota!

segunda-feira, setembro 20, 2004

- Então Gaspacho tudo em pé?
- Epah vai estando, mas olha que ultimamente ando de pé atrás.
- Então? Não me digas que andas a lavar roupa suja lá por casa?
- Epah nada disso, pûs foi o carro à frente dos bois e a minha mulher foi aos arames.
- Então? Voltaste com a palavra atrás?
- Epah tu sabes como ela é, fala pelos cotovelos. Não aguentei, ela estava com cara de caso e deixei-a a falar pró boneco.
- Então? Não mexeste uma palha pa fazer a ponta de um corno!
- Epah ela disse trinta por uma linha. Saiu-me na rifa uma fala barato!
- Então e quanto ao casamento?
- Epah falou-se por alto. Tudo aponta para que fique de mãos a abanar.
- Então? Que é feito do já cá canta?
- Epah ela não foi na conversa.
- Então? Descobriste que as palavras são como as cerejas?
- Epah, palavra puxa palavra e em menos de um fósforo terminam os dois dedos de conversa.

Qualquer índividuo que no seu perfeito cabimento utilize expressões idiomáticas, para verbalizar os seus mais que paneleiros pensamentos, pode considerar-se no ínequivoco direito de abate por disparo disferido à queima roupa. Viram como foi fácil abreviar a expressão "levas um tiro nos cornos"?

segunda-feira, setembro 13, 2004

Já não hà respeito por nada. Há uns anos temia-se a Deus, à Igreja, ao Santo Padre, tudo aquilo que se sentia que se estava a fazer de errado. Era por espreitar de esguelha, no espelho do elevador, as avantajadas proporções da casada mulher do 5ºandar, era por invejar o telefone fixo do próximo, era por desejar o Fiat Uno 65 em bordeux, por querer ter todas as combinações coloridas das raquetes nas meias brancas, ou por ter enrabado crianças a troco de um mísero par de ténis. Nesses tempos sim, havia arrependimento, remorsos, e mais remorsos. Mas as pessoas eram honestas. Admitiam tudo aquilo que faziam de errado. Tinham uma moral abominável, que mais tarde usavam em auto-defesa aquando da cofissão ao Padre. Não era burrice de todo: "Senhor padre eu pequei. Hoje tive relações com a Dona Celeste da Padaria. Eu reconheço que pequei!". Enquanto o padre pensa: Humm... Que bicicleta de mulher, é o terceiro gajo que me confessa esta merda hoje, a ver se despacho isto depressa, inda quero ir dar uma voltinha. E diz tranquilamente: "Acontece meu filho, nada que 10 Pais Nossos não perdoem. Ide em paz". O padre volta e meia lá se confessava a Deus e ficavam todos quites. Os arrependimentos e os remorsos davam novamente lugar à paz interior e bem estar emocional. Eu quero é que a moral sa foda!. Hoje em dia a Igreja é aquela cena onde os velhos vão jogar à sueca, o Santo Padre é um gajo que se veste com roupas gays, ganha bem e não faz um nada, e Deus é uma qualquer vedeta, oriunda de um relvado futebolístico. A "grande honestidade" foi insipidamente conspurcada, o respeito violado, e o remorso transformou-se em desejo de ver televisão. Até então a moral andou sempre de mãos dadas com enormes valores como: o remorso, o reconhecimento, o respeito... O respeito é muito bonito sim senhor, mas apareceu uma loira de olhos azuis, que o fodeu. E claro a puta da moral não teve para aturar delírios emocionais e suicidou-se. E o desejo mais profundo do Homem lá foi realizado.

quinta-feira, setembro 09, 2004

Tenho sede. A sede é natural. A água do Luso não é natural como a minha sede. Tenho sede de algo mais do que simples água. Tenho sede de água com laranjas com gás. Sim, a laranja já trás gás... não sabias? Ah poisé!!! Já provaram? É daquelas experiências que realmente marcam no fundo dos fundos profundos. A minha bebida favorita chama-se Poisé de Laranja com gás, um sumo que recomendo desde já a todos, inclusivé aos mais leigos neste enorme domínio: o sumácio. À venda nas cadeias de supermecados LIDL (se nunca ouviste falar desta grande superfície comercial, acho que devias deixar de comprar coisas na mercearia da aldeia, e expandir os teus horizontes consumistas), e na candonga sumácia, este sumo tem um gosto pálido corado, com um sabor amargamente doce que é completado por milhares de milhões de pequenas bolhinhas de gás, que te fazem sentir mais perto do céu. Tive conhecimento deste néctar divino não através da sua publicidade idiótica (aquela da terapia de grupo populista e sensacionalista: os poisé-ólicos), mas sim através de um grande amigo meu (para o qual envio desde já um grande abraço do tamanho de 2 garrafas de poisé). Eu mudei. Novamente a minha vida deu uma volta de 360º a todos os níveis. Qual actimel qual qué, agora só bebo poisé! Podia fazer escorrer litros de tinta da minha pena (eu escrevo o blog com pena e aparador, depois envio para um amigo meu no tibete , que é monge e faz a respectiva dactilografia computacional), para descrever o sabor, o prazer, a sensação do simples acto de beber poisé mas por mais que tente, e por mais que procure não encontro adjectivos para qualificar tão divino sumo. Brevemente irei visitar o berço desta bebida, ainda por poucos conhecida, mas que irá certamente superar os índices de vendas da já mais que saboreada Coca-Cola. Ainda só não me desloquei à fábrica porque não consegui a morada. É incompreensível que no 118, na telelista e na ok teleseguro, não me conseguiram dar a puta da morada. É que na embalagem só diz: made in UE. Agora o leitor deve estar a pensar: "Humm... made in UE? Deve ser dos bons". Poisé mesmo dos bons, e não há nada melhor do que as pernas desatar , ir ao LIDL comprar, para poder provar. Aprovado? Mais que aprovado, a partir daquele dia e para sempre, amado. Ah poisé!!!

segunda-feira, maio 17, 2004

Enquanto esfolheava um jornal, deparei-me com uma brutal oportunidade de negócio. Não é todos os dias que se encontra um carro como este:

"Arnaldo de Jesus 1942-2004, faleceu na passada quarta-feira, enquanto trabalhava como taxista, vítima da própria morte. Vem por este meio a família,vizinhos,filhos e netos, anunciar a missa do 3º dia, a decorrer na Igreja da Lapa pelas 18h. Aproveita-se as linhas que faltam do anúncio para notificar a venda de um Mercedes 190D Creme 695 780Km, impecável, como novo, de um esplêndido T4 perto do Marquês de Pombal e de um telemóvel Telecel 3310. Ambos pertenciam ao falecido. Apareça, o automóvel será mostrado no fim da missa.Mais informações sobre os bens: Toni 962736454"
Agência Bem-Enterrado Tlf:219134512 Fax:219134513 (fazemos descontos para grupos, peça orçamento)

Após ler este anúncio, fui a correr pa Igreja (já não entrava lá há uns bons anos), assisti a algumas 4 missas juntamente com meia dúzia de velhotas que rezavam muito depressa, mas valeu a pena: Fiz a minha boa acção do dia (dei o contacto da agência funerária às velhotas, que logo se mobilizaram para juntar um grupo) e quando chegou a multidão já eu tinha garantido o meu lugar na fila da frente. O padre até foi um granda bacano despachou a missa em 30 min, porque tava todagente apertada e a olhar para o tecto. Depois lá se falou do que interessava, o Toni subiu lá ao altar e fez o leilão do maquinão.

segunda-feira, maio 03, 2004

Hoje tentei trocar os fusíveis do meu carro sem a presença de um mecânico altamente qualificado. É que desde o dia em que ouvi a cassete da Britney Spears com o volume em altas alturas (leia-se 5600 megawatts de som, que são os que o RockInRio vai ter, o suficiente para por Chelas na margem SUL), as luzes interiores e o isqueiro (que faz bastante falta aos meus amigos, eu não fumo) deixaram de funcionar. Há dias em que temos experiências enriquecedoras. A princípio achava engraçado tar a trocar fusíveis, fez-me lembrar o tempo em que com os bonecos da Lego fazia brutais execuções Nazis e do KKK , (Que locura!) o triste episódio em que o meu pai pisou sem querer o Hitler (tava a calçar as meias rotas, distanciado dos outros à entrada do quarto), e o dia em que incendiei um Playmobil judeu e a casa ficou a cheirar a porco queimado. E pronto lá acabei por desistir, achei melhor ir à oficina trocar o fusível que estava queimado, o número 23 (de certeza, um de 10Amperes) não fosse aquilo dar merda. Enfim.. o melhor é mesmo seguir a máxima "Não sabe não mexe!"

quarta-feira, abril 28, 2004

Sou uma pessoa bastante doente. Aos 3 meses tive um infecção crónica na bexiga, aos 4 anos fui operado ao joelho esquerdo, devido ao uso intensivo de botas ortopédicas, aos 7 anos fui operado a um testículo (penso que era o esquerdo, os médicos de certeza que trocaram a ordem), aos 13 anos foi-me retirado o apêndice (e não tenho qualquer dúvidas acerca da causa: produtos da ferrero), aos 15 anos tive uma pneumonia-bronquítica por ter inalado cotão em decomposição. Mas foi então que descobri a melhor invenção do século XX. Não tenho qualquer dúvida, a minha vida deu uma volta de 360º a todos os níveis. Comecei por poupar em maços de tabaco, qualquer beata que apanho no chão (sim e está comprovado que 1/3 do tabaco que se vende é fumado pelo vento ou anda colado aos filtros) dá para me saciar completamente, as pastilhas elásticas ipsis verbis (adoro uma boa pastilha já mascada, aquelas que encontramos no comboio, nos postes enfeitados... nham nham) e claro os líquidos em recipientes abandonados (que nem sempre são bebíveis, mas com a prática aprende-se bem a distinguir uma mija duma cerveja morta à vários dias). Poupo cerca de 20 contos por mês neste género de bens, e na pontualidade? O meu patrão promoveu-me 2 vezes num espaço de 3 meses. É que passei a ser muito mais pontual, pois aquele minuto em que ficava à espera que o fumo do autocarro acentasse foi à viola, agora tenho uma bolha à minha volta que me protege 24h por dia dessas merdas agressivas ao organismo. Até já estou numa de abrir um bordel: o cliente entra cheio de doenças, bebe um actimel, fode que nem um animal e vai-se embora deixando a puta limpa de infecções... Por falar em beber o actimel, é melhor ir beber o meu, porque acabei de enviar um fax, e já me disseram que quando um gajo caga a bolha rebenta...

terça-feira, março 30, 2004

Aqui deixo um poema que foi sendo elaborado à medida que ia escrevendo (polionasmo cosmético):

Hoje não tenho tema,
Troquei-o por uma rena,
O mundo ficou mais pacífico,
Com o Bush no frigorífico.

A música corre depressa,
Seis albúns já lá vão,
A beleza empessa,
Enfim tudo escrito de antemão.

Nunca mais vem o dia,
Precedente da noite,
Onde todos entram em agonia,
E morrem com uns bons açoites.

A vergonha espelha a alma,
De quem vive sem pensar,
Quem vive no meio da palma,
Que está prestes a fechar.

A esperança, essa
Há muito que sumiu
A balança pende depressa
Pa Puta Que Pariu.

segunda-feira, março 15, 2004

Seguindo a máxima do "Onde é que estavas no... 11 de Março?" É verdade, eu John Ramos, estive lá. E aqui quero deixar o meu relato em 1ªpessoa, um testemunho verídico dedicado a todos os que estão a sofrer, ou que transitaram para outro mundo com bilhete de viagem local, sem por isso terem de pagar mais. Eram cerca das 5h da manhã quando tive uns deja-vus constantes enquanto comia as letras da sopa, competindo (numa tentativa Scrabble-lística) com o meu colega de quarto Ramon Kota . Milagrosamente a palavra SKI tinha-se formado na colher algumas trinta vezes. Saí de casa a correr como sempre dirigindo-me para a estação de Santa Eugénia na qual apanho a linha suburbana C2 em direcção a El Pozo onde trabalho como ajudante de limpa neves. Ao que parece o comboio estava atrasado (uns homens mal vestidos e com umas mochilas andavam a compor qualquer coisa na linha) e com grande sorte arranjei um lugar sentado com vista para a rua. Já passavam das 7h quando o comboio partiu. Deliciei-me com a paisagem e testemunhei o acordar de uma cidade e dos bairros nos arredores Vallecas Villa, Pavones... Ao chegar a a estação de El-Pozo senti-me pequeno por não estar mascarado de qualquer coisa. É que tinha acabado de entrar na carruagem um tipo mascarado de skiador, com a cara tapada (ouvi dois senhores a apostarem se ele era preto ou branco), o qual colocou várias mochilas espalhadas pela carruagem de modo a não incomodar a senhora que viajava à sua frente. Digno de um verdadeiro cavalheiro. Quando o comboio partiu vi uns tipos com umas Ak's de plástico ao pescoço a acenarem e a correrem para carrinhas a dizer "Ale-Caeda Pedreros", os quais foram gozados pelo senhor à minha frente que tirava macacos e os colava na mochila do skiador. Enquanto o comboio prosseguia a sua marcha até Atocha, reparei que ao longo da linha havia dezenas de malas iguais à daquele senhor. Novamente senti-me pequeno e isolado no mundo da Monte Campo. Ao sair do comboio em Entrevias (uma estação antes de Atocha) reparei que o senhor mascarado de skiador também tinha saído mas que se tinha esquecido das mochilas. Fui a correr atrás dele e quase que o apanhava, não fosse ele ter começado a correr como o diabo foge da cruz. Ainda tentei falar com o senhor dos perdidos e achados na estação mas ao que parece ele encontrava-se numa depressão, por ter lá um pacote de massas não reclamadas há mais de 6 meses. Encontrava-me no fim da rua quando se deram as explosões. É verdade estive lá, eu e mais 30 000 pessoas. São coisas que fazem parte do nosso dia-a-dia, das quais nunca suspeitamos, mas desta vez o pior aconteceu. Só mais tarde me apercebi que o pacote das massas era do IKS e estava limitado a esses mesmos 3 caracteres, mas fiquei mais fodido por o Ramon não me ter devolvido o dinheiro do jogo, esse sim é um terrorista de primeira.

quinta-feira, março 04, 2004

Para ser alguém na vida é obrigatório ter um grau académico (comprado, emprestado ou ganho), caso contrário habilitas-te a ser uma pessoa altamente inteligente que desperdiça as suas capacidades, percebendo que certas matérias não te ajudam a evoluir mas sim a regredir (é mais ou menos como o Nestum, só o corpo é que cresce, a mentalidade regride). Por isso se quiseres ter um "bom estatuto" o melhor é tratares de arranjar um PhD (Philosophiae Doctore) ou um grau de Mestre, pois não só faz com que te seja prestada vassalagem, mas também com que possas suprimir certas palavras de índole comum, do teu vocabulário, como Bom Dia , Desculpe e Obrigado.
Mas cuidado um PhD não significa Patiently hoping for a Degree, Potential heavy Drinker ou Pretty heavy Diploma, mas sim algo como Please hire Desperate , Physiologically Deficient e Pretty heavily Depressed. Obtém um custe o que custar, nem que tenhas que dar aulas práticas de matérias que desconheces, passear o caniche do Catedrático ou mesmo lamber pilas. Eu desde pequeno que tenho uma teoria que se tem vindo a confirmar: "A inteligência de um humano é inversamente proporcional ao grau académico que este possui". Mas claro que existem certas excepções, poucas mas existem. É o caso de certos individuais, aos quais são atribuídos graus académicos pela sua verdadeira inteligência e contributo para a ciência, dos quais destaco Mestre Michelle (o grande chefe de cozinha, que nos ensinou a por margarina no tacho para o arroz não agarrar), Mestre Sun Tzu (que masterizou a arte da guerra, cuja regra número um é "Know Your Enemy"), Mestre Splinter (o tutor das tartarugas ninja, deixou a arte da invisibilidade), PhD Jesus (que nos deixou a lição "Sê esperto e permanece vivo para a eternidade"), PhD Calvin & Hobbes ("O caminho para a perfeição é a estrada da incompreênção") e por último o PhD Bart Simpson (o grande fundador do movimento "Speak English or Die", que deixou a lição "Acontece a quem merece!"). Isto sim são exemplos de verdadeiras lições de vida, não aquelas por que passam os graus académicos. São graus destes que vêm dar o verdadeiro significado a expressões como "Enfia-o no cú!".

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Essa foi boa, lol. A sério que gostei, lol. Juro, lol. É verdade, lol. Não acreditas? , lol. Vai pa cona da tua mãe, lol. Filho da puta, lol. Pois é a utilização excessiva do lol pode trazer sérias associações entre a tua mãe e uma puta do restelo. 97% das conversas que se têm na Internet são os LOL's e os mongolóides dos Smiley's (em primeira mão revelo que a CERCI está a pensar mudar o logotipo para o típico smiley). Dos restantes 3%, 2% é para perguntar se tá tudo bem com a família com o hamster com o caralho do cão e ca pixota do gato. 1% são bazezadas em geral. Mas o que me fascina mais numa conversa são as centenas de abreviaturas que se usam (algumas das quais podem não estar familiarizads mas em breve passarão a fazer parte das vossas shortcut combinations), aqui vão algumas:

LTIF - Leiloar a Tua Irmã na Feira
SCP - Seu Cabeça de Pila
APCC - Arrancava-te a Próstata Com uma Colher
CNTM - Cabeçadas na Tromba até à Morte
VATMR - Vendia A Tua Mãe a Retalho
ATP - Ao Teu Pai
FDC - Fodia-te De Costas
LOL - Laughing Out Loud (deve apenas ser usado em situações delicadas "O árbitro mostrou-lhe um amarelo! LOL")

Exemplo concreto de aplicação 2.4: Oh SCP!!! FDC de seguida APCC, VATMR pensava em LTIF enquanto dava CNTM ATP. LOL


Continua a praticar e pensa antes de escrever seja o que for SCP, não queiras que te dê CNTM. (sem LOL)

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Eu comprei a Perfect Pancake. É realmente um luxo de frigideira. Há 3 meses que faço panquecas naquela merda e ainda não teve de ir nenhuma vez à máquina de lavar.Só o requinte das panquecas saberem sempre ao ingrediente que adicionei no dia anterior, é megalord. Estou a pensar comprar aquela máquina fotográfica (talvez para adicionar umas fotos no blog), aquela que é a única do mercado que trás o cabo USB incluído e é do tamanho de um porta-chaves (parece mais um tijolo). Em minha casa é tudo das televendas o colchão, os aspiradores (sim tenho 3, só quando adquiri o terceiro é que reparei que não dava uso aos outros), o vídeo (que acho que veio grátis com um dos aspiradores), o microondas normal e o dos frangos (aquele do chefe tony, o meu record é 30 frangos em 30 min, mas ando a treinar para o bater), a chave de fendas mágica que desapareceu, o frisador (a maior desilusão, só quando abri a embalagem é que me lembrei que tenho o cabelo curtinho) e claro os iscos da pesca (sim sou possuidor do flying lure), apesar de nunca ter ido à pesca tenho algures o melhor isco do mundo. E como eu ligo sempre nos 30 min's a seguir ao anúncio, tenho milhares de brindes espalhados pela casa os quais compõem a cangalhada toda. Enfim...

domingo, fevereiro 01, 2004

Tocar acordeão no metro com um copo de nescafé para pedir umas trocos, é algo do mais digno que se possa ver. Facto à parte de ser monhé, desafinar cada vez que a carruagem abanava, e de tocar mal pa caralho, era um músico genial. Pode gabar-se de partilhar o palco com milhares de passageiros, do seu sorriso pepsoamarelodent (aquele sorriso que fez com que o Artur Albarran ficasse sem carteira profissional de jornalista, depois de mostrar a dentuça num anúncio da pepsodent; também um gajo que bate na mulher...) e do seu acordeão vermelho (made in china, não vi o autocolante amarelo mas pela sonoridade devia lá estar). O engraçado foi que, apenas passadas umas 4 estações percebi que a música era a "Cheira à Lisboa" e não a do genérico da série "Morangos com Açucar", que ultimamente me tem posto a cabeça em água. Ainda tive para perguntar quanto era o café, mas achei melhor não, não fosse ele telefonar ao primos, ex agentes do KapaGêbê (aqueles que vendem flores nas Docas de Sto.Amaro e nos torturam sem piedade; tive que escrever em nome de código não vão eles interceptar a mensagem...). De realçar também a capacidade de memória deste músico fenomenal, que sabia o setlist de cor. Depois de umas quantas estações lá houve uma velha que lhe deu uma moeda daquelas feitas de níquel, uns 5 eurocents. Mais tarde vi um puto nas mesmas condições, mas que levava um cão ao ombro (má política, porque as pessoas não dão esmola pensando que o cão morde). Enfim vá se lá entender...

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Quando o terrorismo passou a moda internacional e as imagens de atentados suicidas passaram a fazer parte das nossas refeições, fazendo-nos companhia tal como os talheres o fazem à séculos, comecei a reparar na quantidade de sapatos que ficam espalhados no chão após o rebentamento dos engenhos explosivos. Será que o calçado no 3º mundo é de fraca qualidade? Ou um gajo para morrer com honra tem que estar descalço? Serão as bombas projectadas de modo a que os pés tenham prioridade no rebentamento? Não há uma imagem do médio oriente onde não se veja pelo menos um sapato abandonado. Ao que parece a NIKE também deve ter muitas factory stores por perto, com preços de retalho reduzidos. É curioso que a percentagem de sapatos atinge proporções alarmantes... há dias ouvi, que os mortos eram contados pelos sapatos encontrados... isto levanta sérias suspeitas cabalísticas (já ouvi esta expressão em qualquer lado), uma vez que o número é certamente influenciado pelas organizações terroristas que deliberadamente inserem sapatos nos seus engenhos... enfim mais vale dois NIKE na mão do que 50 no chão.

terça-feira, janeiro 27, 2004

Eu sou jovem e gosto de beber. Beber dá alegria. Tristezas não pagam dividas, mas a verdade é que devo 50 euros a um gajo e por mais que me alegre ele não se esquece. Quando bebemos e estamos bem bebidos, temos pensamentos fixes, alguns contra o capitalismo, outros acerca do porquê do mundo... Quando se vê muito futebol, acabamos a chutar caixotes do lixo em frente a carros da polícia. Uma vez bebi até à morte. O facto de não ter morrido é a prova de que a indicação das percentagens de álcool nas garrafas é aproximada às unidades. Uma pequena décima pode fazer a diferença entre uma pena de 6 meses sem carta, e um cú bem aberto. Conduzir quentinho é do melhor. As estradas parecem maiores e as condições para a condução melhoram. Cedemos mais a passagem aos outros condutores, não se ouvem buzinadelas estúpidas, e tudo parece real. Nunca fui mandado parar pela Brigada do Balão, mas acho que até gostava de me babar lá para dentro, de modo a foder o aparelho. Serão os Balões anti-baba? Mas o melhor do álcool é fazer raparigas feias parecerem grandes donzelas. Adormecemos a pensar que temos ao nosso lado uma francesa, loira, elegante, e acordamos com uma sueca, loira e gorda. Acontece a muito boa gente, que não distingue os vários tipos de álcool. Sim, porque segundo uma tese recente o álcool do vodka dá mais pedrada que o álcool da cerveja. Eu também pensava que o álcool era todo igual, mas a ciência faz milagres em nosso prol. "Sai uma imperial e uma de tremoços!" esta frase estava inicialmente no hino nacional, mas foi retirada porque o seu autor (um cabrão estrangeiro) assim o achou. Com o Euro2004 à porta, acho que vou é montar uns concursos, Cervejola2004, onde Lusos e Não Lusos irão provar aquilo que realmente valem...

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Fátima Felgueiras é uma daquelas pessoas que merece viver, porque enquanto vive sofre as consequências de usar um penteado moda fodasse 1975-1988 , e de falar como uma controladora aérea da portela, com bigode e pêlos no peito (que crescem a quem chora baba e ranho e a quem sacava bicos em meados de 80). É verídico. Na minha infância, quando eu e os meus amigos cometiamos uns pequenos delitos, furtando revistas de cultura pagã (sim! eu ainda sou do tempo em que nas papelarias só se vendiam revistas com gajas nuas a maiores de 18 anos), deparava-me sempre com uma enorme variedade de escolha, pois um dia era eu que ficava com a Juicy Tits, no dia seguinte trocava pela 69, e na sexta-feira já tinha em minha posse o exemplar da Big Man International (que trazia mulheres de verdade). E foi numa dessas revistas de 300 paus (sim uma gajo não tinha de gastar uma fortuna para se rebarbar, hoje em dia mais vale ir à putas, ou telefonar a uma "amiga"...), que encontrei, na secção xXx em campo com, a F.Felgueiras (com o nome artístico: mília nacona) vestida com o equipamento do benfica (mítico Casino do Estoril), numa paisagem, eu diria brasileira, em plena acto púdico com um homem (o artigo classificava-o como tal), vestido de árbitro da 1ªLiga, um tal Castelo Branco. Só tenho pena que logo nessa altura a prevenção dos crimes (género Minority Report) de colarinho branco e penteado à fodasse, não tivesse sido logo feita, com a amostragem de um cartão amarelo, o qual certamente iria fazer com que mília nacona mostrasse aquele sorriso amarelo, tivesse uma paragem cardíaca e caí-se da falésia, numa alusão às diversões do meu pároco favorito, de seu nome Frederico, que se a memória não me trai, hoje em dia é o treinador do Benfica.

domingo, janeiro 25, 2004

Hoje almocei casa pia e jantei pedofilia. Nas entradas tinhamos carlos cús condimentado com molho à botilde, uma silvinada de bibi com molho jovial, um dinis adoçado com peti-patapon e um ritto com laranja da grécia. O talher exemplarmente afiado fazia-me lembrar as baionetas rectais (usadas pelos franceses), e principais percursoras da homosexualidade francesa, certamente trazida para Portugal pelos emigrantes (durante as suas vacanças). O prato principal foi exemplarmente servido por 3 mordomos, dos quais destaco uma tal de guedes com boca de broche, que outrora homem, combateu nos campos elísios. Joel au sexin na bochette (em latim do nosso: Joel com o sexo na boca) tinha um sabor extremamente refinado, não fosse ele preparado por uma equipa com mais de 20 cozinheiros de renome como o especialista em carnes frescas (cinturão negro nos picanheiros do Brasil) chefe Herman e pelo aclamado chefe Teixeira (também conhecido por Robine Wude). À sobremesa um magistral recurso supremo a la nabeiro , cujo sabor amargo fez com que o PGRB (Procurador Geral da República das Bananas) se retirasse mais cedo da mesa, sendo mais tarde encontrado, fora de si, no bar a emborcar tinto ao despique com um tal de vilavinho. Todo este espisódio de certa maneira me faz lembrar aquele imagem perturabadora que conservo na memória desde criança, do dia da minha 1ª visita ao zoo: ao olhar para a aldeia dos macacos (que me parecia uma sociedade exemplar, feita à imagem da vossa) reparei que os macacos mais novos apanhavam por trás do tio, do pai, do avô, do vizinho.... e como eu gritava de alegria. No fim TODOS atiramos amendoíns.

Eu tenho um carro. Ter um carro é do melhor. Os carros são nossos amigos. Os carros permitem-nos percorrer distâncias longas em pouco tempo e sem esforço. Os carros andam a combustível. Um carro não passa de um carro. Um carro à maneira é um carro. Um carro é como um carro. Por vezes torna-se caro andar de carro. Há milhares de carros diferentes. Há carros grandes. Também os há pequenos. Há-os redondos e há-os quadrados. Um carro não passa de um utilitário. Um carro não define a pessoa que o conduz. Um carro é apenas um carro. Um carro não nos faz ser alguém. Ter um carro é um privilégio de poucos. Andar de carro um privilégio de muitos. Ter um carro caro é um privilégio de poucos. Não ter carro é um privilégio de muitos. O privilégio todos temos quer tenhamos carro ou não. Dinheiro para combustível é que por vezes não. Torna-se caro sustentar um carro. Um carro tunning não passa de um carro. Um carro que ande mais depressa também não passa de um carro. Um carro de marca não passa de um carro. Todos os carros têm marca. As marcas têm prestígio. As cuecas por vezes têm marcas. As cuecas também têm prestígio. O meu carro anda devagar. O teu carro anda mais que o meu. Eu tenho as cuecas sem marcas. E tenho prestígio nas cuecas.

I Hate You

You were just a waste of sperm
The way you look
Makes my stomach turn
The way you think
Is no way at all

God you really think you have balls

I hate you
Ain't it true
I hate you
And everything you do

You walk around like a fucking dick
And everytime you're near
You know I get real sick

You're so stupid
There's nothing in your head
God how I wish that you were dead

I hate you
Ain't it true
I hate you
And everything you do

sábado, janeiro 24, 2004

I am sorry! And you are?

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