If You Have Something to Say, Raise Your Hand and Place it Over Your Mouth.


Nothing Nice to Say

segunda-feira, setembro 20, 2004

- Então Gaspacho tudo em pé?
- Epah vai estando, mas olha que ultimamente ando de pé atrás.
- Então? Não me digas que andas a lavar roupa suja lá por casa?
- Epah nada disso, pûs foi o carro à frente dos bois e a minha mulher foi aos arames.
- Então? Voltaste com a palavra atrás?
- Epah tu sabes como ela é, fala pelos cotovelos. Não aguentei, ela estava com cara de caso e deixei-a a falar pró boneco.
- Então? Não mexeste uma palha pa fazer a ponta de um corno!
- Epah ela disse trinta por uma linha. Saiu-me na rifa uma fala barato!
- Então e quanto ao casamento?
- Epah falou-se por alto. Tudo aponta para que fique de mãos a abanar.
- Então? Que é feito do já cá canta?
- Epah ela não foi na conversa.
- Então? Descobriste que as palavras são como as cerejas?
- Epah, palavra puxa palavra e em menos de um fósforo terminam os dois dedos de conversa.

Qualquer índividuo que no seu perfeito cabimento utilize expressões idiomáticas, para verbalizar os seus mais que paneleiros pensamentos, pode considerar-se no ínequivoco direito de abate por disparo disferido à queima roupa. Viram como foi fácil abreviar a expressão "levas um tiro nos cornos"?

segunda-feira, setembro 13, 2004

Já não hà respeito por nada. Há uns anos temia-se a Deus, à Igreja, ao Santo Padre, tudo aquilo que se sentia que se estava a fazer de errado. Era por espreitar de esguelha, no espelho do elevador, as avantajadas proporções da casada mulher do 5ºandar, era por invejar o telefone fixo do próximo, era por desejar o Fiat Uno 65 em bordeux, por querer ter todas as combinações coloridas das raquetes nas meias brancas, ou por ter enrabado crianças a troco de um mísero par de ténis. Nesses tempos sim, havia arrependimento, remorsos, e mais remorsos. Mas as pessoas eram honestas. Admitiam tudo aquilo que faziam de errado. Tinham uma moral abominável, que mais tarde usavam em auto-defesa aquando da cofissão ao Padre. Não era burrice de todo: "Senhor padre eu pequei. Hoje tive relações com a Dona Celeste da Padaria. Eu reconheço que pequei!". Enquanto o padre pensa: Humm... Que bicicleta de mulher, é o terceiro gajo que me confessa esta merda hoje, a ver se despacho isto depressa, inda quero ir dar uma voltinha. E diz tranquilamente: "Acontece meu filho, nada que 10 Pais Nossos não perdoem. Ide em paz". O padre volta e meia lá se confessava a Deus e ficavam todos quites. Os arrependimentos e os remorsos davam novamente lugar à paz interior e bem estar emocional. Eu quero é que a moral sa foda!. Hoje em dia a Igreja é aquela cena onde os velhos vão jogar à sueca, o Santo Padre é um gajo que se veste com roupas gays, ganha bem e não faz um nada, e Deus é uma qualquer vedeta, oriunda de um relvado futebolístico. A "grande honestidade" foi insipidamente conspurcada, o respeito violado, e o remorso transformou-se em desejo de ver televisão. Até então a moral andou sempre de mãos dadas com enormes valores como: o remorso, o reconhecimento, o respeito... O respeito é muito bonito sim senhor, mas apareceu uma loira de olhos azuis, que o fodeu. E claro a puta da moral não teve para aturar delírios emocionais e suicidou-se. E o desejo mais profundo do Homem lá foi realizado.

quinta-feira, setembro 09, 2004

Tenho sede. A sede é natural. A água do Luso não é natural como a minha sede. Tenho sede de algo mais do que simples água. Tenho sede de água com laranjas com gás. Sim, a laranja já trás gás... não sabias? Ah poisé!!! Já provaram? É daquelas experiências que realmente marcam no fundo dos fundos profundos. A minha bebida favorita chama-se Poisé de Laranja com gás, um sumo que recomendo desde já a todos, inclusivé aos mais leigos neste enorme domínio: o sumácio. À venda nas cadeias de supermecados LIDL (se nunca ouviste falar desta grande superfície comercial, acho que devias deixar de comprar coisas na mercearia da aldeia, e expandir os teus horizontes consumistas), e na candonga sumácia, este sumo tem um gosto pálido corado, com um sabor amargamente doce que é completado por milhares de milhões de pequenas bolhinhas de gás, que te fazem sentir mais perto do céu. Tive conhecimento deste néctar divino não através da sua publicidade idiótica (aquela da terapia de grupo populista e sensacionalista: os poisé-ólicos), mas sim através de um grande amigo meu (para o qual envio desde já um grande abraço do tamanho de 2 garrafas de poisé). Eu mudei. Novamente a minha vida deu uma volta de 360º a todos os níveis. Qual actimel qual qué, agora só bebo poisé! Podia fazer escorrer litros de tinta da minha pena (eu escrevo o blog com pena e aparador, depois envio para um amigo meu no tibete , que é monge e faz a respectiva dactilografia computacional), para descrever o sabor, o prazer, a sensação do simples acto de beber poisé mas por mais que tente, e por mais que procure não encontro adjectivos para qualificar tão divino sumo. Brevemente irei visitar o berço desta bebida, ainda por poucos conhecida, mas que irá certamente superar os índices de vendas da já mais que saboreada Coca-Cola. Ainda só não me desloquei à fábrica porque não consegui a morada. É incompreensível que no 118, na telelista e na ok teleseguro, não me conseguiram dar a puta da morada. É que na embalagem só diz: made in UE. Agora o leitor deve estar a pensar: "Humm... made in UE? Deve ser dos bons". Poisé mesmo dos bons, e não há nada melhor do que as pernas desatar , ir ao LIDL comprar, para poder provar. Aprovado? Mais que aprovado, a partir daquele dia e para sempre, amado. Ah poisé!!!

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